Um juiz negou o pedido de um cristão egípcio para alterar seu status religioso no documento de identidade de “muçulmano” para “cristão”. Essa foi a segunda tentativa frustrada de Maher El-Gohary, um muçulmano convertido ao cristianismo de exercer, constitucionalmente, a liberdade religiosa. A vontade de El-Gohary de poder manifestar publicamente a sua fé, só tem lhe rendido problemas. Ele já foi atacado na rua, ameaçado de morte diversas vezes, e teve que se esconder como resultado da divulgação do seu caso.
El-Gohary é o segundo cidadão egípcio convertido a tentar mudar seu documento de identidade, seguindo o exemplo de Mohammed Ahmed Hegazy. El-Gohary abriu um processo contra o Ministério de Assuntos Internos, por rejeitar seu pedido em agosto do ano passado.
Diferentemente das ofensas e ameaças proferidas nas audiências anteriores, os advogados representando o governo ficaram calados enquanto o juiz Hamdy Yasin lia sua decisão em uma sessão que não durou mais que dez minutos, de acordo com Nabil Ghobreyal, advogado de El-Gohary.
O juiz negou o apelo de El-Gohary, apesar de o convertido ter apresentado o certificado de batismo e a carta de aceitação na Igreja Copta Ortodoxa que o juiz havia pedido. A negativa não desanimou El-Gohary: “Eu vou perseverar, não vou desistir. A apelação é o próximo passo, e estou pronto para passos como esse. Vou atrair a atenção do mundo para o meu caso.”(CM)
