Por Eliana Caetano redacao@folhauniversal.com.br ![]() 1 – Você sempre foi gordinha. Como lidava com isso? Sempre fui a mais cheinha da família, mas, honestamente, nunca tive desejo ou senti necessidade de fazer dietas. Nunca fui escrava delas. Não por rebeldia, mas porque sempre gostei de mim dessa forma. Jamais associei o “ser magra” ao “ser bonita”, ou que eu precisaria perder uns quilinhos para poder me curtir, me vestir bem, me amar. 2 – Por que decidiu morar nos Estados Unidos? Fui para Nova York há 11 anos, para estudar inglês e outros idiomas. No entanto, diante das dificuldades que a minha família enfrentava naquela época no Brasil, quando cheguei lá, ao invés de estudar, decidi correr atrás de trabalhos que pudessem me ajudar a mandar dinheiro para casa. 3 – Você foi descoberta por uma editora de moda dentro de um ônibus, em Manhattan. Como foi a abordagem? Estava voltando do trabalho – na época era babá – quando ela se aproximou e perguntou se eu já havia considerado a ideia de trabalhar como modelo “plus size”, ou seja, gordinha. Achei que era piada. Sempre acreditei que para ser modelo era necessário ser pele e osso. Ela me indicou uma agência de modelos. Durante dias, avaliei aquela situação com a minha família, que me apoiou. Aí, visitei a agência e descobri um mundo completamente desconhecido. Na mesma hora colocaram um contrato na minha mão. E não parei mais de trabalhar. 4 – O que a levou a aceitar o convite para se tornar modelo profissional? Jamais terei quadril de no máximo 90 centímetros e, com certeza, a minha felicidade não depende disso. O que eu tinha a perder? Desde o momento em que assinei o contrato, minha vida tem sido um maravilhoso conto de fadas. Brinco com os meus amigos dizendo que não posso jogar na loteria; acho que Deus veria isso como uma afronta, pois Ele já me deu tudo para eu me sentir uma pessoa muito feliz e realizada. 5 – Você trabalha pra uma agência renomada e tem contato com modelos magras também. Como se relaciona com elas? Tenho amigas magras, cheinhas, loiras, morenas, altas e baixas. O fato é que não faço campanha apoiando as gordinhas. Sou a favor da felicidade e de que as pessoas se curtam do jeito que são, sem a pressão dos outros dizendo como deveriam ser ou levar suas vidas. A mensagem que tento passar é que mesmo mais gordinha é possível se sentir linda, sexy e, principalmente, ter uma vida saudável. 6 – Como encara a anorexia e a bulimia? A triste realidade da anorexia e da bulimia vem abrindo os olhos das pessoas em relação ao perigo da exposição pela mídia de exemplos impossíveis de se atingir – oferecidos, principalmente, por Hollywood e pelo mundo da moda – e que causam problemas nas mentes de meninas pelo mundo afora. As mulheres são constantemente bombardeadas por uma beleza que vem a custo de passar fome ou ir para a faca (fazer cirurgia estética). Me choca quando vejo que muitas perdem a chance de curtir o prazer de ser mulher, os amores, a família e os amigos por conta do constante pensamento de que precisam ser magras. 7 – No ano passado, você decidiu aproveitar o verão brasileiro e teve dificuldades para encontrar um biquíni do seu tamanho. A moda para as gordinhas no Brasil ainda deixa muito a desejar? Quando ingressei para o mundo da moda foi um choque. Jamais imaginei que existisse um mercado tão amplo. Nos Estados Unidos, e em outros lugares do mundo, podemos escolher vários estilos, cores, texturas e tudo de muito bom gosto. Nada daquelas roupas apertadas que marcam tudo ou aquelas muito largas. No Brasil, infelizmente, ainda me deparo com o sufoco que as gordinhas passam para encontrar o que vestir, até mesmo uma calça e blusinha básicas. Encontrar roupas elas até encontram, mas quem quer se vestir com um saco de tecido, sem formato, sem estilo? 8 – Antes de fazer a primeira campanha, imaginava que haveria roupas bonitas e elegantes para vestir? Jamais. A minha referência, até então, eram as roupas brasileiras, mal feitas, mal desenhadas. Mas, logo na minha primeira visita à agência, percebi que essa era uma realidade só do Brasil, que nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália e em vários outros lugares, as gordinhas já estavam em outro patamar. Mas é importante dizer que isso só foi conquistado porque as gordinhas pressionaram a indústria da moda e a mídia. Eu acho que isso é o que falta para o mercado brasileiro acordar. É preciso que as consumidoras se façam ouvir. 9 – As pessoas imaginam que gordinhos são sedentários e comem muito. Como você lida com sua saúde? Ser gordinho não quer dizer sair comendo tudo. Tenho a genética para ser mais cheinha e não luto contra isso. Nunca fiz dieta, mas também não vivo comendo besteiras, tampouco tenho uma vida sedentária. Malho 5 vezes por semana, mas não vou à academia pensando nas calorias que estou queimando, e sim porque gosto da sensação, para manter meu coração e meu corpo saudáveis. Sou cuidadosa no que se refere à alimentação também e só como arroz, macarrão e pão se forem integrais. Evito bolos, biscoitos ou batatinhas. Aboli as frituras e os refrigerantes do meu cardápio. Dou prioridade aos legumes e verduras. 10 – E com toda a malhação e uma alimentação saudável, como manter um manequim 48? Pois é, as pessoas sempre perguntam: “Então, por que você não emagrece?” A verdade é que sou viciada em carboidrato e não me nego a comer certas coisas quando tenho vontade. Se quero um chocolate ou um prato com arroz e feijão, por exemplo, não me privo deste prazer de forma alguma. Por conta disso, acho que vivo em equilíbrio. Queimo calorias na mesma proporção em que consumo. |
domingo, 31 de maio de 2009
ENTREVISTAS: Fluvia Lacerda - O charme das gordinhas
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