quinta-feira, 2 de julho de 2009

RELIGIÕES: Livro revela como Igreja Católica ajudou o nazismo

 


O livro “A Santa Aliança: Cinco Séculos de Espionagem do Vaticano” (Editora Boitempo), do jornalista e pesquisador Eric Frattini, aborda as organizações de espionagem e contraespionagem ligadas ao Estado do Vaticano desde 1566.

“Se o papa ordena liquidar alguém na defesa da fé, faz-se isso sem questionamentos. Ele é a voz de Deus e nós somos a mão executora.” Esse era o pensamento do cardeal italiano Paluzzo Paluzzi, que no século 17 exerceu o cargo de chefe da Santa Aliança, o temido serviço secreto do Vaticano, na Itália.

Assim como Paluzzi, pelo menos outros 39 religiosos que atuaram no comando dos serviços de espionagem do Vaticano tinham essa filosofia. As revelações estão detalhadas na obra de Frattini.

Ele embasa as suas afirmações em amplas pesquisas realizadas há pelo menos 12 anos em arquivos oficiais da Igreja de diversos países.

Uma das atuações mais polêmicas da Santa Aliança se deu durante a Segunda Guerra Mundial, quando entrou em vigor a chamada Operação Convento, que ajudou na fuga de criminosos de guerra nazistas, entre eles o general da SS Hans Fischbock, o tenente-coronel da SS Adolf Eichman e o médico de Auschwitz Josef Mengele.

O padre Karlo Petranovic e o bispo Gregori Rozman, famoso por suas posições contra os judeus, foram bastante ativos nessa época.

No livro, o escritor disseca as conexões internacionais do Vaticano e o dinheiro obtido com a venda de mísseis, verba que teria sido usada para financiar o sindicato Solidariedade, na Polônia, e diversas ditaduras sul-americanas.

Ainda segundo Frattini, entre 1979 e 1982, cinco cardeais envolvidos em um inquérito que apontava irregularidades no Banco do Vaticano morreram por diferentes razões. As mortes teriam sido encomendadas para prevenir que esses religiosos revelassem segredos da Santa Aliança. (F.D.)

Agência Unipress Internacional


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