terça-feira, 16 de junho de 2009

FIM DOS TEMPOS: Evangélicos agredidos por camponeses muçulmanos

 

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Quatro dias depois de camponeses muçulmanos no subdistrito no sudeste de Bangladesh terem atacado furiosamente evangélicos por terem mostrado o “Filme de Jesus”, um dos cristãos ainda está sob tratamento pelos danos causados em seu quadril. O funcionário da Christian Life Bangladesh (sigla em inglês, CLB), que presta assistência naquele país asiático, Edward Biswas, 32, foi internado no Centro Fisioterápico Alabakth e o médico Mohammad Saifuddin Julfikar informou que as feridas originadas no ataque ocorrido no distrito de Feni, a cerca de 150 km ao sudeste de Dhaka, causou complicações neurológicas em seu quadril.

Biswas disse ao Compass que ele e Dolonmoy Tripura, 21 anos, exibiram o filme em uma casa na vila Chandpur, onde eles também ensinavam sobre os perigos do arsênico na água, cuidados da saúde de mãe e filhos e a prevenção da AIDS a mais de 200 pessoas pobres e, em sua maioria, analfabetas. O Fundo da Criança das Nações Unidas reportou que mais de 30 milhões de pessoas estão expostas aos altos níveis de arsênico na água de Bangladesh e da Índia.

Azad Mia da mesma vila pediu a eles que mostrassem o filme em sua casa no dia seguinte. Eles foram para a sua casa no dia 08 de fevereiro, mas não puderam exibir o filme em função de uma doença em um parente de Mia. No retorno para casa, disse Biswas, alguns camponeses lhe disseram para mostrar o filme em sua casa; os dois evangélicos desconfiaram tratar-se de uma armadilha.

“Primeiro eles tentaram falar suavemente conosco no caminho para as casas deles”, comenta Biswas. “Com a nossa recusa em mostrar o filme, eles tentaram nos forçar a ir até lá. Eu suspeitei de algo e me recusei a ir. Depois eles forçosamente nos levaram para dentro da vila.” Chegando lá, cerca de 20 pessoas se juntaram e começaram a bater nos cristãos.

“Alguns dos idosos da vila lhes rogaram para soltar-nos, mas eles estavam determinados a ver o filme”, disse Biswas. “Eles nos levaram para um pátio escolar onde nós mostramos o filme mediante tremenda compulsão. Depois de mostrar 20 minutos da primeira bobina do filme, camponeses muçulmanos começaram a nos bater na medida em que fomos caindo no chão. Eles nos deram socos e chutes.”

Enquanto 15 e 20 muçulmanos os atingiam com socos e pontapés, cerca de 200 outros presentes olhavam. Os camponeses também bateram em um muçulmano que transportou funcionários da CLB pela vila em uma carroça para a divulgação do filme. Os assaltantes também destruíram o projetor de filmes, gerador, microfone e os quatro rolos do filme, contabiliza Biswas.

De acordo com ele, o ataque foi pré-planejado, tendo a exibição do filme como pretexto legítimo para feri-los, disse ele. Eles também ameaçaram Daud Mia, um camponês muçulmano que permitiu a exibição do filme em sua residência no dia anterior.

O supervisor da área da CLB, Gabriel Das, levou Biwas and Tripura para tratamento médico. O Presidente da CLB, Sunil Adhikary, expressou sua preocupação sobre a liberdade religiosa e os direitos das minorias assegurados na constituição do país.

Desde 2003, pelo menos três funcionários da CLB foram assassinados – provavelmente por extremistas islâmicos, segundo a polícia e oficiais locais – e centenas foram feridas.


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