terça-feira, 7 de julho de 2009

PERSEGUIÇÃO: Protesto de etnia muçulmana na China mata 140


Pelo menos 140 pessoas morreram e 800 ficaram feridas durante tumulto na província de Xijiang, oeste da China, no domingo (5), segundo informações do governo. Centenas de pessoas foram presas durante o protesto da etnia muçulmana uigures na cidade de Ürumqi.

As autoridades dizem que os manifestantes destruíram carros e atacaram ônibus e transeuntes. Segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, a polícia conseguiu restabelecer a ordem em seguida. Os líderes uigures exilados acusam os policiais de terem aberto fogo indiscriminadamente durante o que chamaram de "um protesto pacífico".

Os protestos ocorreram depois que dois migrantes uigures teriam sido mortos por um homem da etnia han (maioria na China) em uma briga, no mês passado, em uma fábrica na cidade de Shaoguan, na província de Guangdong, no sul da China. O confronto teria deixado ainda 118 feridos.

O governo de Xinjiang atribuiu a onda de violência do domingo à empresária Rebiya Kadeer, líder uigur que vive no exílio nos Estados Unidos.

"Uma investigação inicial mostrou que a violência foi idealizada pelo Congresso Mundial Uigur, liderado por Rebiya Kadeer, e de inclinação separatista", disse o governo chinês em um comunicado, de acordo com a agência Xinhua.

Mas o vice-presidente da Associação Americana Uigur, Alim Seytoff, condenou o que chamou de "ações de mão pesada" das forças de segurança chinesas.

"Pedimos à comunidade internacional para condenar a morte de uigures inocentes pela China", afirmou Seytoff.

A província de Xijiang é majoritariamente muçulmana. A comunidade uigur reclama do domínio do governo central chinês.

EL

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