Depois que uma mulher inglesa, grávida, foi condenada a prisão perpétua, uma agência de notícias internacional viajou até o Laos, país localizado no sudeste asiático, para investigar o tratamento dado a prisioneiros cristãos. Além de relatar as péssimas condições nas prisões, a agência descobriu uma série de abusos sofrida por parte dos cristãos.
Além de muitas condenações sem julgamento, existem aqueles que foram presos por falar sobre sua fé. “A polícia prendeu meus pés e minhas mãos. Eu não conseguia me mover. A cela fedia como um banheiro, tanto que algumas vezes não conseguia nem respirar”, revelou um dos detentos cristãos que preferiu não se identificar.
O pastor Timóteo (nome fictício) relata que foi espancado quase até a morte, depois de ser preso por levar um representante religioso estrangeiro para o Laos. “Eles pediram que eu assinasse um pedaço de papel que dizia que eu não seria um cristão, ‘porque cristãos não são bons para o povo do Laos’. Eu não assinei por causa da minha fé”, diz o pastor.
Além desses casos, há relatos de um cristão que foi preso três vezes por suas atividades e de uma senhora que teve seu marido morto por abrir igrejas. “A razão pela qual eu acredito que meu marido foi assassinado é porque ele servia a Deus. Mas eu diria ao assassino que o amo, porque Deus o ama e irá perdoá-lo”, revela.
A constituição do Laos assegura a liberdade religiosa e proíbe a perseguição. No entanto, os grupos religiosos precisam de permissão para evangelizar, imprimir livros e construir templos. Os cristãos do país afirmam ter sido forçados a renunciar sua fé, sob ameaça de morte.
Agência Unipress Internacional
