Realizada em mais de 21 países, uma pesquisa inédita do instituto alemão Bertelsmann Stifung revela que os jovens brasileiros estão entre os mais religiosos do mundo, atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos. Ainda segundo o estudo, os jovens costumam expressar sua fé em novos ritos, novas igrejas e até na internet.
De acordo com a pesquisa, 95% dos brasileiros entre 18 e 29 anos se dizem religiosos, 65% afirmam que são “profundamente religiosos” e 90% afirmam acreditar em Deus.
Cultos voltados para os jovens revelam um fenômeno: mostram que a juventude brasileira busca formas inovadoras de expressar sua religiosidade. A internet está entre a ferramenta que mais ajuda a propagar o Evangelho sobre eles, que recorrem à web para resolver seus problemas espirituais. Na rede de computadores, a diversidade de crenças se espalha como um vírus.
John Micklethwait e Adrian Wooldridge, jornalistas da revista britânica The Economist escreveram no livro God is back (Deus está de volta) que “aquilo que muitos acreditavam que destruiria a religião – a tecnologia, a ciência, a democracia, a razão e os mercados –, tudo isso está se combinando para fazê-la ficar mais forte”.
A influência de grandes pensadores do século XX fez com que jovens se afastassem da fé, como Sigmund Freud que dizia que “a necessidade que o homem tem de religião decorreria de incapacidade de conceber um mundo sem pais – daí a invenção de um Deus”. A derrocada do socialismo e as críticas à psicanálise freudiana parecem ter deixado espaço para a religiosidade se manifestar, sobretudo entre os jovens.
Agência Unipress Internacional