A Internet pode ser uma grande ferramenta para crianças e adolescentes, principalmente na hora dos estudos, pois é uma boa aliada para as pesquisas escolares e acadêmicas. Apesar disso, a Internet pode esconder sérios riscos aos mais novos, que são constantemente vítimas de pessoas mal intencionadas na rede.
Segundo pesquisa divulgada por uma organização internacional, o número de atos de pedofilia na internet cresceu 149% entre os anos de 2003 e 2008. A organização registrou 42.396 denúncias de abuso de crianças na web. Deste total, 77% estão abaixo dos nove anos de idade e apenas 1% das vítimas são identificadas.
Isso mostra a importância que os pais têm em acompanhar o que seus filhos andam fazendo na rede. De acordo com Maria Luiza Bustamante, doutora e professora do serviço de psicologia aplicada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) é preciso haver sempre uma supervisão da utilização da internet e do computador por parte dos responsáveis. “Não se pode esquecer que criança não é adulto em miniatura e que dificilmente tem malícia para se livrar das investidas dos mais velhos e dos adultos perversos.”
O diálogo com seu pupilo pode ser uma ótima alternativa para expor o lado de cada um. “Deve-se conversar sobre os perigos que rondam o uso da web, falar sobre as ocorrências possíveis e sobre os riscos de ceder aos apelos que podem aparecer. É preciso dialogar com as crianças, falar com elas, ouvir o que elas pensam”, revela a psicóloga.
Segundo a especialista, proibir o uso da Internet não é a melhor medida a ser tomada. É preciso que se faça um levantamento dos horários e do uso por parte da criança. “Não adianta restringir o uso sem acompanhar e explicar o porquê. Crianças dão trabalho para educar e não há como se esquivar disso; é preciso acompanhar as teorias e os argumentos que a criança está usando.”
Outra boa medida para deixar as crianças livres dos males da Internet é fazer com que pratiquem outras atividades, prevenindo até que elas fiquem dependentes da informatização no futuro. “Uma boa defesa é programar atividades variadas em lugares diferentes e assim evitar o uso exagerado da internet que por si só já é maléfico”, finaliza a psicóloga.